terça-feira, 27 de setembro de 2011

Go Forth


Não te recuses a enfrentar, seja o que for, quem for. Cada gota deste mar tem uma história para contar, um passado a guardar, tem um futuro para mostrar. Liberta-te de sensações debilitantes, não te pressiones com dogmas nem teorizes a comunicação. Tira por momentos os pés do chão, flutua, a corrente não está forte, este meio está passível e não há perigo de te perderes... quem sabe pode ser que desta te encontres.




Sim, estou a falar de ti. Para ti. ;)

domingo, 25 de setembro de 2011

sábado, 27 de agosto de 2011

Joy





É algo mais que rotina, é algo mais que horário, é tão responsável quanto obrigações laborais mas tem um sabor fresco e doce a verão, a calor, a sal e a sol. Nesta vida a satisfação garante-se pelo concretizar desta nossa alma, as sensações pedem-se e naturalmente nos assombram, como brisas leves e convexas de louvor.





O copo está meio cheio, a sede é muita... já bebi metade.

sábado, 16 de julho de 2011

Reach




Venho hoje de outra órbita, geograficamente distinta, estranha, apetecivel. Venho ainda só de passagem, o trilho está a compor-se e a estrada ferve de vontade. O destino é incerto mas certo são os amigos, companheiros e irmãos, aqueles com quem partimos, partilhamos e vivemos. Deixámos as pedras em casa, o peso, o temor, o pudor. O mergulho é tão claro e profundo como o mar que avistamos...






"A vida é muito curta para ser pequena." (Benjamin Disraeli)






Até sempre!

terça-feira, 12 de julho de 2011

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"A mudança é a lei da vida. Aqueles que olham apenas para o passado ou para o presente serão esquecidos no futuro." - John F. Kennedy

sexta-feira, 1 de julho de 2011

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Cada um de nós, a certa altura do dia, vemo-nos olhando para nós mesmos, seja na procura de uma razão, na contemplação da nossa máscara ou na paixão pelo nosso ser. Em dias claros como hoje, vejo em mim um pequeno pássaro. Tão pequeno quanto me vejo, tão grande quanto me acho, este pássaro é em mim alguém que há muito não sou. O calor deste dia, este cheiro a terra molhada revelou em mim memórias de tempos velozes, tempos esses que de tão velozes se afastaram, e com tal ferocidade me assaltaram... hoje. Vejo em mim cores que julgara terem desvanecido, vejo-as mais claras que a luz, mais vivas do que eu. Vejo então, mesmo fechando os olhos, o reflexo do que hoje sou, longe... cada vez mais longe... É verdade, levantei voo! Um voo tão alto que chego a sentir vertigens, as borboletas na minha barriga quase me ajudam a manter plano e pleno, com certeza me estão fazendo sentir vivo, mais uma vez! Já não sei há quanto tempo não era o meu corpo parte do vento, do ar, da natureza. Esta pureza que procurava num mergulho no mar intensificou-se aleatoriamente com este mergulho aéreo, sinto que as correntes agarraram em mim por um tempo, o calor assim me diz num susurro que há muito aclamava.






Sigo, seguirei... direi algo quando chegar, primeiro preciso...aterrar.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Long Night Drive



Numa manhã de verão, com a noite ainda presente no corpo, no espírito, na alma, e com todos os inesqueciveis momentos que nos aconteceram nos ultimos dias, nos ultimos meses, parto para um novo cenário, de novo, desta vez sozinho, deixando os meus no seu estado mirabulante de êxtase, no limbo da inconsciência, descansando. Parto para um novo pedaço de céu, um que não visito há anos, um que foi visto por mim quando era ainda outro, um outro eu que não é mais. Tenho infímas lembranças dele, talvez o encontre por lá. O sol da manhã encadeia o caminho, como um bom presságio, uma estrada segura. O que se procura hoje é a frescura do mar, o doce gosto desta água salgada, a força das ondas num misto quente, convexo, envolvente nos grãos da areia molhada... O trajecto torna-se agora incerto, mais certo que nunca, apaziguador e exuberante, cheio de vento, cheio de vida. A manhã transporta-se para o calor da hora de almoço, é hora de parar o carro naquela encosta, abrir os vidros, respirar fundo... Deixo-me agora aqui para um revigorizante baptismo. Voltarei em breve renovado, inspirado e cheio. Em cheio!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

This inevitable life has just become incredible.

sábado, 14 de maio de 2011

A Luz e a Obscuridade

"Para Sabina, viver significa ver. A visão encontra-se limitada por duas fronteiras: uma luz de tal modo intensa que nos cega e uma obscuridade total. Talvez seja daí que lhe vem a repugnância por todos os extremismos. Os extremos marcam a fronteira para lá da qual não há vida e, tanto em arte como em política, a paixão dos extremismos é um desejo de morte disfarçado.


Para Franz, a palavra luz não evoca a imagem de uma paisagem suavemente iluminada pelo sol, mas a fonte de luz enquanto tal: uma lâmpada, um projector. Vêm-lhe à cabeça as metáforas habituais: o sol da verdade, o brilho da razão, etc.


É atraído pela luz como também o é pela obscuridade. Nos dias que correm, quem apaga a luz para fazer amor arrisca-se a cair no ridículo; como ele tem consciência disso, deixa sempre uma luzinha acesa por cima da cama. No entanto, no momento em que penetra em Sabina, fecha os olhos. A volúpia que o invade exige a obscuridade. Uma obscuridade pura, absoluta, sem imagens nem visões, uma obscuridade sem fim, sem fronteiras, uma obscuridade que é o infinito que cada um de nós tem em si (sim, porque quem busca o infinito só tem de fechar os olhos!).


No momento em que sente a volúpia espalhar-se-lhe pelo corpo, Franz dissolve-se no infinito da sua obscuridade, ele próprio se transforma em infinito. Mas quanto mais um homem cresce na sua obscuridade interior, mais diminuído fica na sua aparência física. Um homem de olhos fechados não é senão um rebotalho de si próprio. Como não quer assistir a isso, Sabina também fecha os olhos. Para ela, a obscuridade não é o infinito. Fecha os olhos porque quer separar-se do que está a ver, porque quer negá-lo. Recusa-se a ver."



Milan Kundera
"Pratica a coragem. Sem medo, sem te desviares um milímetro que seja de quem és. Não te acanhes, nem te rebaixes, não fiques com nada por dizer. És mais bravo do que pensas e o teu corpo mais mais resistente do que imaginas. Segue, vai contigo. Ouve o bichinho que te diz esuqerda quando toda a gente vai para a direita (esse bichinho és tu, não o pises). Pratica a tua intuição, vai mais vezes, erra as vezes que precisas. Dorme descansado. Tu não és mais ninguém, nunca o serás, por mais que te gritem o contrário, tu és tu. Ponto. Por isso, pratica o que tens. Pratica o que só em ti existe e é raro nos outros. Pratica o desplante, a candura, o despropósito e o magnânime. Pratica o estrambólico, o arrumadinho, o absurdo.


Pratica quem és."




Sumol advice.

sábado, 7 de maio de 2011

"You can't measure the mutual affection of two human beings by the number of words they exchange." — Milan Kundera

quarta-feira, 4 de maio de 2011

(No) Turning Back

If all difficulties were known at the outset of a long journey, most of us would never start out at all. So i thank you for make me want something more, something else... that isn't you anymore. Dispite of that, i will always wish you a very good journey to an unknown you've never seen.

xxx

sábado, 30 de abril de 2011

"...Mesmo nos momentos da mais profunda desordem, é segundo as leis da beleza que, secretamente, o homem vai compondo a sua vida. Não há, portanto, razão nenhuma para censurar aos romances o seu fascínio pelos misteriosos cruzamentos dos acasos, mas há boas razões para censurar o homem por ser cego a esses acasos na sua vida quotidiana e assim privar a vida da sua dimensão de beleza."

Milan Kundera-A Insustentável Leveza do Ser

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Sense(less)

Sentes?
Quando as palavras te saem pela ponta dos dedos,
te escorregam pelos lábios ao sabor da tua língua,
quando se tropeçam em sentimentos e se excluem de pudores.
Sentes?
Quando ouves o que és, o que podes ser, mesmo sabendo,
quando lês, quando vês (quando vês...),
Quando te encontras numa abstracta encruzilhada,
entre ti e o outro, entre o que sabes, o que queres saber...
Sentes?
Quando aclamam a tua presença, o teu calor,
E a tua voz é querida aos ouvidos alheios.
Sentes?
Quando sabes que há algo do outro lado, algo mais,
Algo que não conheces e que te faz procurar,
descobrir, provar.
(...)
Imagina tocar, respirar, desfrutar
um outro sabor.
Tanto teu, tanto meu,
tanto nosso quanto do mundo.
Imagina...
Imagina a tua presença em mim,
os meus olhos em toda a tua errância, toda a tua forma,
todo o teu olhar.
Imagina tu, agora imagina eu...

Sentiste?

terça-feira, 26 de abril de 2011

Nobody's Looking




This inevitable life has just become incredible.

domingo, 24 de abril de 2011

Lightness


Nesta corrente que é o nosso dia, todos os nossos dias, o ser procura o seu humano, busca uma estrutura, deseja o palpável. Nesta corrente estão todos os nossos medos, os nossos sonhos, as nossas raízes e os nossos seres, passíveis de uma interacção, de um complemento.
Esta corrente que é o nosso dia é composta de vento, é forte como o ferro, é frio como o ar de que se aproveita, é quente como o corpo que sempre atravessa. Como toda a corrente, necessita movimento, agilidade, força e convexão. É insustentável a sua magia, dolorosa, reconfortante, aditiva. Este vento é toda a vida, este vento guarda memória. É o mesmo que passará por ti amanhã, aquele que soprei do meu corpo com vontade que me levasse, mas não levou. Aliás, levou-me, como me tem levado, mas não me transporta, cada vez mais me põe longe, mais distante de toda a sua acção, já nem folha deserdada e corrida pelo vento me sinto, já nem aragem, já nem tornado. É como se o vento passasse lá fora e ouvisse o seu assobio, aclamando a sua raíz para que me leve de novo, ou me traga algo. Já nem esse vento me arrepia, nem esse assobio, tanto quanto a sua força na janela não me assusta.
Observo, analiso, sinto-me já um vácuo sem uma gota de ar, olho ao redor mas com dificuldade vejo, a vista já está cansada, a vontade é de dormir, de sonhar.
-Do que espero?
De acordar, acordar desta passividade, desta dormência, desta insatisfação diária que assombra toda a luz que o vento tem. Ou então espero que esse vento me devolva a força, a vontade, a curiosidade... ou que alguém abra a janela!


...it's been a while.