quarta-feira, 9 de junho de 2010

Ouço,
Ouço ouvindo aquilo que não me é dito,
O mesmo que eu me poderia dizer,
Não dizendo, não querendo, não ouvindo.

Vejo,
Vejo-me pelas acções que tomo,
Tomadas sem ver, sem querer,
Vejo nenhum de mim, nenhum de nós,
Mesmo olhando-me, mesmo ouvindo-me.

Sinto,
Sinto aquilo que me falta, sem saber, sequer ver,
Sinto vento, frio, sinto calor, mas não me sinto,
Senti-me tanto que me sinto dormente, de sentidos, de sentido.

Cheiro o sabor das palavras que ouço, do seu sentido, seu paladar,
Digiro-as, cego, e engulo texturas de sons nunca vistos,
Fecho os olhos e ouço, sentindo tudo aquilo que vejo,
Parto e partilho o sentido de um novo rumo, ainda cego, mordaz,

E sigo.

(...)
Corona

1 comentário:

  1. Á medida qe a vida vai passando, somos iludidos em ficar, aceitar uma rotina que aprisiona o que temos de verdadeiro dentro de nós. O importante é sabermos agir(seguir) para que a nossa vida, mesmo que tudo nos puxe para continuar na rotina, ou nao haja motivaçao para dela sair! Mesmo que ja tenhamos passado montanhas e tudo mais, e olhamos para a frente e deparamo nos com um destino incerto, nao podemos parar!
    All because: we have to make our selfs matter

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