
sábado, 4 de setembro de 2010
Light Texture

sexta-feira, 3 de setembro de 2010
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
You Jump, I Jump

sábado, 24 de julho de 2010

domingo, 11 de julho de 2010
I See You

terça-feira, 22 de junho de 2010
Secrets

sexta-feira, 18 de junho de 2010
Mind Flashes'

quinta-feira, 10 de junho de 2010
quarta-feira, 9 de junho de 2010
sábado, 29 de maio de 2010
Blurred

No fim do dia, chego de novo ao meu espaço, minha casa, cheiro tudo o que o dia me deixou naquele lugar, como um reconhecimento necessário, despejo-me de todas as vontades e promessas não mascadas, não matadas, agora com umas tantas mais postas no bolso em picos momentâneos do dia. Descalço propósitos e todas as proposições e, agora a mim, calço o guardado, o eu, meu. Espremo tudo o que foi dado por terceiros, volto-me e lavo a essência, desprovido de alicerces, nú.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
(Sea) Monster

domingo, 2 de maio de 2010
Loving Mother

quarta-feira, 28 de abril de 2010
Ripping Sky

segunda-feira, 26 de abril de 2010
New (Old) Ones

quarta-feira, 7 de abril de 2010
(some)Thing else

segunda-feira, 5 de abril de 2010
Mask(ed)

sábado, 3 de abril de 2010
Sounds Me

quarta-feira, 24 de março de 2010
quinta-feira, 18 de março de 2010
Life Web

segunda-feira, 8 de março de 2010
Music

sábado, 6 de março de 2010
Friend(ship)

quarta-feira, 3 de março de 2010
segunda-feira, 1 de março de 2010
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Celebrate Generation

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

domingo, 14 de fevereiro de 2010
Romance


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Morning Solitude
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

(...) É uma daquelas noites em que procuramos não encontrar mais do que uma mão cheia de nada. Estou num bar, aqueles bares sacados dos filmes de hollywood, com aquela banda sonora em segundo plano que não podia encaixar melhor no sítio, na hora. As pessoas hoje não interessam, pelo menos por agora, pois o que quero é não querer nada, não ser pressionado socialmente pela libertação que o ambiente sugere, que o espírito pede. Mas como em todas as situações, sou confrontado com algo que não pedi. Talvez desta vez isso não seja uma má coisa. Talvez por querer não querer, fico mais susceptível ao que rodeia, sabendo inconscientemente que não serei correspondido, e que mais uma vez me terei de adaptar à situação. (Aguenta-te!). Não, mas desta vez talvez seja melhor ir com a maré, apanhar esta onda que cheira a desconhecido. Talvez desta vez não seja uma má coisa.
Fumo um cigarro. Espero pela bebida da noite, pelo menos a primeira. Reparei na tua entrada, há segundos atrás, e não fosse isto uma película de cinema, a música mudou. Mais que isso, acho que o meu habitual olhar incomodativo te despertou à atenção, olhaste-me de esguelha, como quem viu, não só olhou. (Será?). Segui-te com o olhar, observei o teu espaço. Bebo o primeiro gole da bebida que acaba de chegar, chegada no momento certo, com a concordância exacta com os teus movimentos e o ritmo da música. Dou para comigo não sozinho. Comigo. Vejo-te sem te ouvir, sem antes de conhecer. Depois de goles sôfregos na bebida gelada que de pouco me soube, ataco o teu espaço sem o estudar. A irreverência e singularidade daquele conjunto de elementos que estão na construção desta noite não me farão falhar, ou errar na primeira impressão com aquele corpo, aquela alma. Não sabia eu que a ‘primeira sensação’ estaria antecedente à “primeira impressão” que todos se esforçam por se suceder. O momento da minha aproximação a ti fez-se em câmara lenta, visto de fora, e estranhamente visto de dentro. A abordagem fez-se tão sofregamente quanto os goles dados na minha primeira bebida, mas em seco. Não importa, ser não é parecer, como estar não é ser. A sensação era mútua e múltipla, recíproca. A espontaneidade da abordagem, com um toque de imperfeição, praxe da veracidade do momento, fizeram a primeira bebida se multiplicar. Se triplicar. A ‘nossa’ primeira bebida possibilitou a primeira impressão, o primeiro contacto, o primeiro momento instrumental do filme, em que a magia cinematográfica e a essência musical se aliavam à tensão e profundidade do momento (real?). Viajámos milhas, países, continentes, mundos, e tudo com uma folha de papel, um lápis emprestado e a ponte que as nossas linhas sensoriais criaram. A excessividade de sentidos fazia de mim mais que um ser pensante, fazia de mim humano. (Mesmo o que estava a precisar.). Estupidamente esqueci-me que todos os filmes têm uma duração, na sua maioria curta. Mas assim como qualquer filme, a sua realização e produção são únicas no Universo, nos elementos espacio-temporais que criam a nossa mente, a nossa alma. A bebida teria, mais cedo ou mais tarde, de afectar o sistema fisiológico, não fossemos nós feitos de sistemas, sistematicamente. Fui à casa de banho, por breves instantes, prometi-lhe que não desaparecia e que pagaria a próxima rodada.
Voltei. A pressa de chegar quase me fez não conseguir voltar. Olho para junto dos nossos copos mas, onde estás tu? Sim, o sistema é idêntico, apesar da multiplicidade de corpos. Aproximo-me e quase como se soubesse, mesmo não acreditando, vejo uma nota debaixo de um copo idêntico aos tantos outros, cheio. Um. Nunca saberás o que a nota (realmente) dizia, a não ser que a tenhas escrito, só poderás percepcionar... (Poderás mesmo?). Fiquei comigo, um estranho novo eu, a beber a minha nova primeira bebida. Outra vez, pela primeira vez.
Agora imagina se não fosse isto uma película de cinema.
Phoenix - Love Like a Sunset